Se depender da preferência do brasileiro, as
lojas físicas estão com os dias contados.Pesquisa inédita da Capgemini, empresa
de consultoria, terceirização e tecnologia da informação, revela que 59% dos
consumidores brasileiros comprariam diretamente das fábricas em uma loja
virtual, contra 32% dos americanos. O estudo global chamado “Digital Shoppers
Relevancy” (na tradução livre Relevância dos Consumidores Digitais), mostrou
também que 36% dos entrevistados do Brasil reconheceram que são viciados em
compras on-line, a mais alta taxa que qualquer outro país. A pesquisa ouviu 16
mil consumidores em 16 mercados, entre eles Reino Unido, Alemanha, Estados
Unidos, China, Índia, Rússia e México, além do Brasil.
“O
Brasil tem uma capacidade incrível de absorver novas tecnologias, veja o
exemplo do Orkut; não há barreiras culturais para o brasileiro”, afirma José
Luiz Rossi, CEO da Capgemini no Brasil.
Dentre
as conclusões do estudo da Capgemini, o varejo como conhecemos atualmente vai
mudar, pois mais da metade dos consumidores em mercados maduros e em
desenvolvimento disseram acreditar que até 2020, as lojas físicas se tornarão
apenas showrooms de produtos que poderão ser selecionados e encomendados.
Outro
dado mostrado pela pesquisa foi que 42% dos consumidores locais querem usar
aplicativos móveis, como o celular, por exemplo, para pagar suas compras nas lojas.
Na Inglaterra só 12% dos ingleses optariam por esta forma de pagamento. Embora
a internet ainda seja o canal dominante na preferência para compras, com 80%
das compras feitas por consumidores digitais nos países em desenvolvimento e
63% nos desenvolvidos, um dado chama a atenção: canais como redes sociais,
aplicativos de celulares e quiosques dentro das lojas estão se tornando mais
populares como canais de varejo alternativos.
Mais
ferramentas
“Os
compradores de regiões em desenvolvimento dão maior importância a todos os
canais digitais, independentemente da fase de compras. Isto pode ser devido em
parte, à deficiência de infraestrutura do varejo tradicional nesses mercados,
bem como a tendência de ferramentas e formatos saltarem nos países em desenvolvimento”,
diz o estudo. Além disso, 42% dos compradores brasileiros disseram gostar de
receber ofertas personalizadas por meio de canais digitais, um salto em relação
aos alemães que preferem manter sua privacidade, já que somente 13% deles
aceitariam receber estas ofertas.
“Mais
de dois terços dos clientes digitais no Brasil, Índia, México, China e Turquia
disseram que estão interessados em conhecer novos produtos nas redes sociais e
blogs. Isso significa que existem grandes oportunidades para os investimentos
no mercado de varejo e empresas de bens de consumo no Brasil”, garante Rossi.
Como
não poderia ser diferente, os jovens são os mais viciados em compras online,
25% dos consumidores têm menos de 35 anos, público também forte nas mídias
sociais e que querem compartilhar opiniões e experiências em canais digitais.
Vale lembrar que este público é também usuário ativo de celular e aplicativos
para pagar produtos, procurar itens e identificarem-se.
“O
relatório é um alerta para que varejistas e empresas de bens de consumo adotem
uma nova abordagem e explorem as tecnologias disponíveis para atuar no complexo
mercado atual, em que os consumidores estão no controle. Os varejistas precisam
continuar sendo relevantes par ao consumidor digital em todos os canais e, principalmente,
promover aintegração entre os canais para se manterem lucrativos, isso é
crucial para que identifiquem quem realmente está usando esses canais e
determinem onde devem fazer investimentos digitais e torná-los rentáveis”, diz
Bernard Helders, líder global de produtos de consumo da Capgemini.
*A
repórter viajou a convite da Capgemini do Brasi
(Por
IG) Varejo, núcleo de estudos do
varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo
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